Projeto de Leitura acelera alfabetização infantil em Teresina
Waldelúcio Barbosa - Meio Norte - 01/10/2015
Já dizia o educador Paulo Freire: É preciso que a leitura seja um ato de amor. Com o pensamento igual ao difundido pelo renomado educador, a direção do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Júlio Romão decidiu implantar na escola o projeto “Eu leio, eu conto e foi assim”. A iniciativa estimula os alunos a desenvolver o prazer em ler livros.
A Cmei Júlio Romão fica localizada em uma região da periferia de Teresina. Situada no Bairro Alto da Ressurreição, na zona Sudeste da capital, a escola possui 180 alunos matriculados, com faixa etária entre 2 e 5 anos. A diretora da unidade, Andréia Gomes Coelho, explica que o principal objetivo do projeto é fomentar nas crianças o gosto pela leitura.
“Toda sexta-feira entregamos livros para uma das turmas. Os alunos levam os livrinhos para casa, leem, e durante o final de semana fazem desenhos ou recontam o que entenderam do texto. Na segunda-feira expomos no pátio a produção deles”, explica Andréia.
O “Eu leio, eu conto e foi assim” foi implantado desde a inauguração da escola, no mês de abril de 2015. Apesar do pouco tempo de existência, o projeto já apresenta resultados significativos no desenvolvimento da aprendizagem intelectual dos alunos.
A pedagoga do Cmei, Layanna Alves, responsável por desenvolver a ação, afirma que antes da implantação da iniciativa, menos de 10% da turma do 2º período do Ensino Infantil sabia ler e escrever.
“Eles não conheciam letras, nem formavam sílabas. Cinco meses depois, 66% da turma já sabem ler palavras e frases completas”, conta a pedagoga. O índice significativo satisfaz a equipe da escola. “É um resultado visível”, completa Layanna.
Projeto desperta prazer da leitura
As consequências também são perceptíveis nos alunos do Maternal I e II. Quando chega a sexta-feira, as crianças já ficam entusiasmadas, porque sabem que vão receber os livros. Com os olhos atentos, eles assistem à lúdica contação das histórias feitas pela pedagoga.
“Fazemos de tudo para chamar a atenção das crianças. Me fantasio e passo com um carrinho carregado de livros nas salas. Também, dentro do projeto, colocamos uma espécie de cabana no pátio e reservamos o local para os alunos fazerem leituras. Eles mesmos a batizaram de Cabana Mágica da Leitura”, conta a pedagoga.
O projeto é diretriz da Secretaria Municipal de Educação (Semec), que tem a meta de alfabetizar as crianças do município antes da idade estipulada pelo MEC, que é 8 anos. A ideia é que elas desenvolvam as habilidades de leitura e escrita já com 7 anos de idade.
Leitura inclui família na escola
O projeto de leitura da Cmei João Romão ultrapassa os muros da unidade escolar: chega às famílias dos estudantes, que também são incentivadas a ler. A manicure Gardênia Dias, mãe do pequeno Diego, de cinco anos, relata que está aprendendo a fazer interpretação
textual junto com o filho. “Eu digo ao meu marido que também estou aprendendo a ler. Esse projeto, além de incentivar o desenvolvimento do meu filho,também está despertando em mim o prazer pela leitura”, conta Gardênia.
A dona de casa Maria do Carmo Ribeiro é mãe da Maria Eduarda, de 6 anos de idade, aluna da escola. Ela destaca que percebina filha um desenvolvi-mento adiantado para a sua faixa etária e que o projeto de leitura da Cmei João Romão fez com que a menina valorizasse os livros e aumentasse a capacidade intelectual.
“É maravilhoso minha filha ter essa oportunidade. Ela melhorou bastante. Antes, eu fazia perguntas e ela não sabia responder, mas agora sabe. Fico muito feliz porque também me envolvi com o projeto junto com minha família. Na segunda-feira eu faço questão de ir na escola para ver exposição dos trabalhos dos alunos”, conta a mãe da Maria Eduarda.
Mural “Eu Já Sei Ler” destaca alunos
Para fomentar mais ainda o gosto pela leitura nos alunos, a direção da Cmei João Romão resolveu fazer o mural “Eu Já Sei Ler”. O quadro, que fica no pátio da escola, expõe as fo-
tos e os nomes da crianças que já aprenderam a ler, por meio de ajuda do projeto “Eu
leio, eu conto e foi assim”.
A Maria Eduarda Ribeiro, 6 anos, filha de Maria do Carmo Ribeiro, tem o nome colocado no mural e conta toda orgulhosa que já sabe ler e entender as historinhas contadas nos livros que a pedagoga distribui na sua sala.
“Eu sei todas as histórias que eu li. Lembro a última que era sobre uma galinha que colocava ovos de ouro”, disse a menina, referindo-se à fábula infantil “A galinha
dos ovos de ouro”.
Diego Dias, de 5 anos, também é “feliz da vida” em ter a foto exposta no mural dos alfabetizados. “Eu gosto muito de ler. Adoro ouvir as historinhas que a tia conta”, relata o pequeno.
Escola quer ampliar acervo de livros
Apesar de a Secretaria Municipal de Educação oferecer um amplo número de livros infantis à escola, a direção quer aumentar o seu acervo bibliotecário infantojuvenil.
Recentemente, os pais dos alunos matriculados na Cmei participaram de uma gincana e arrecadaram brinquedos e jogos para a unidade escolar.
“A família das crianças é engajada em melhorar o espaço físico da escola. O jardim, o campo de futebol e até o chuveiro instalado na área de lazer foram implantados por meio da ajuda voluntária da comunidade. Toda ajuda é bem-vinda, mas no momento precisamos é de mais livros”, solicita a diretora Andréia Gomes Coelho.
A Cmei Júlio Romão fica localizada em uma região da periferia de Teresina. Situada no Bairro Alto da Ressurreição, na zona Sudeste da capital, a escola possui 180 alunos matriculados, com faixa etária entre 2 e 5 anos. A diretora da unidade, Andréia Gomes Coelho, explica que o principal objetivo do projeto é fomentar nas crianças o gosto pela leitura.
“Toda sexta-feira entregamos livros para uma das turmas. Os alunos levam os livrinhos para casa, leem, e durante o final de semana fazem desenhos ou recontam o que entenderam do texto. Na segunda-feira expomos no pátio a produção deles”, explica Andréia.
O “Eu leio, eu conto e foi assim” foi implantado desde a inauguração da escola, no mês de abril de 2015. Apesar do pouco tempo de existência, o projeto já apresenta resultados significativos no desenvolvimento da aprendizagem intelectual dos alunos.
A pedagoga do Cmei, Layanna Alves, responsável por desenvolver a ação, afirma que antes da implantação da iniciativa, menos de 10% da turma do 2º período do Ensino Infantil sabia ler e escrever.
“Eles não conheciam letras, nem formavam sílabas. Cinco meses depois, 66% da turma já sabem ler palavras e frases completas”, conta a pedagoga. O índice significativo satisfaz a equipe da escola. “É um resultado visível”, completa Layanna.
Projeto desperta prazer da leitura
As consequências também são perceptíveis nos alunos do Maternal I e II. Quando chega a sexta-feira, as crianças já ficam entusiasmadas, porque sabem que vão receber os livros. Com os olhos atentos, eles assistem à lúdica contação das histórias feitas pela pedagoga.
“Fazemos de tudo para chamar a atenção das crianças. Me fantasio e passo com um carrinho carregado de livros nas salas. Também, dentro do projeto, colocamos uma espécie de cabana no pátio e reservamos o local para os alunos fazerem leituras. Eles mesmos a batizaram de Cabana Mágica da Leitura”, conta a pedagoga.
O projeto é diretriz da Secretaria Municipal de Educação (Semec), que tem a meta de alfabetizar as crianças do município antes da idade estipulada pelo MEC, que é 8 anos. A ideia é que elas desenvolvam as habilidades de leitura e escrita já com 7 anos de idade.
Leitura inclui família na escola
O projeto de leitura da Cmei João Romão ultrapassa os muros da unidade escolar: chega às famílias dos estudantes, que também são incentivadas a ler. A manicure Gardênia Dias, mãe do pequeno Diego, de cinco anos, relata que está aprendendo a fazer interpretação
textual junto com o filho. “Eu digo ao meu marido que também estou aprendendo a ler. Esse projeto, além de incentivar o desenvolvimento do meu filho,também está despertando em mim o prazer pela leitura”, conta Gardênia.
A dona de casa Maria do Carmo Ribeiro é mãe da Maria Eduarda, de 6 anos de idade, aluna da escola. Ela destaca que percebina filha um desenvolvi-mento adiantado para a sua faixa etária e que o projeto de leitura da Cmei João Romão fez com que a menina valorizasse os livros e aumentasse a capacidade intelectual.
“É maravilhoso minha filha ter essa oportunidade. Ela melhorou bastante. Antes, eu fazia perguntas e ela não sabia responder, mas agora sabe. Fico muito feliz porque também me envolvi com o projeto junto com minha família. Na segunda-feira eu faço questão de ir na escola para ver exposição dos trabalhos dos alunos”, conta a mãe da Maria Eduarda.
Mural “Eu Já Sei Ler” destaca alunos
Para fomentar mais ainda o gosto pela leitura nos alunos, a direção da Cmei João Romão resolveu fazer o mural “Eu Já Sei Ler”. O quadro, que fica no pátio da escola, expõe as fo-
tos e os nomes da crianças que já aprenderam a ler, por meio de ajuda do projeto “Eu
leio, eu conto e foi assim”.
A Maria Eduarda Ribeiro, 6 anos, filha de Maria do Carmo Ribeiro, tem o nome colocado no mural e conta toda orgulhosa que já sabe ler e entender as historinhas contadas nos livros que a pedagoga distribui na sua sala.
“Eu sei todas as histórias que eu li. Lembro a última que era sobre uma galinha que colocava ovos de ouro”, disse a menina, referindo-se à fábula infantil “A galinha
dos ovos de ouro”.
Diego Dias, de 5 anos, também é “feliz da vida” em ter a foto exposta no mural dos alfabetizados. “Eu gosto muito de ler. Adoro ouvir as historinhas que a tia conta”, relata o pequeno.
Escola quer ampliar acervo de livros
Apesar de a Secretaria Municipal de Educação oferecer um amplo número de livros infantis à escola, a direção quer aumentar o seu acervo bibliotecário infantojuvenil.
Recentemente, os pais dos alunos matriculados na Cmei participaram de uma gincana e arrecadaram brinquedos e jogos para a unidade escolar.
“A família das crianças é engajada em melhorar o espaço físico da escola. O jardim, o campo de futebol e até o chuveiro instalado na área de lazer foram implantados por meio da ajuda voluntária da comunidade. Toda ajuda é bem-vinda, mas no momento precisamos é de mais livros”, solicita a diretora Andréia Gomes Coelho.
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