sábado, 10 de setembro de 2016

OS 5 VENCEDORES DO PRÊMIO JOVEM TALENTO.

Anunciados os cinco vencedores do Prêmio Jovens Talentos

Leonardo Neto - Publishnews - 05/09/2016

A segunda edição do Prêmio Jovens Talentos da Indústria do Livro já tem seus ganhadores. O júri formado por Carlo Carrenho, fundador e CEO do PublishNews; o editor Daniel Lameira, vencedor da primeira edição do prêmio, e Ricardo Costa, representante da Feira do Livro de Frankfurt no Brasil e CEO do Books in Print Brasil, decidiu que Flavia Iriarte, Guilherme Filippone, Gustavo Faraon, Gabriel Moreira e Joana De Conti são os ganhadores desta segunda edição do prêmio realizado pelo PublishNews, com patrocínio do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e apoio da Feira do Livro de Frankfurt. Os cinco já ganharam ingressos VIP para o Business Club, a área exclusiva da Feira de Frankfurt. O Prêmio Especial, que dará ao vencedor uma viagem com as despesas de passagens, hospedagem e ajuda de custo de 500 euros, será anunciado até o próximo dia 9.
A segunda edição do Jovens Talentos recebeu 45 inscrições, vindas de diversas partes do Brasil. "Foi interessante ver que profissionais das mais diversas áreas da indústria participaram do Prêmio. A lista dos cinco vencedores mostra isso: temos gente da área do livro digital, do marketing, de livraria e editores. Foi preciso muita conversa para chegar a esses vencedores", comentou Ricardo Costa.
Flavia Iriarte é editora e empreendedora do mercado editorial. Fundou, em 2010, aos 25 anos, a Oito e Meio, editora que tem foco na publicação de literatura contemporânea e que já reúne cerca de 140 títulos em seu catálogo, incluindo livros de grandes nomes da literatura brasileira como Marcelo Mirisola, Ana Paula Maia e André Sant'Anna. Além de títulos que já foram publicamente elogiados por grandes nomes da literatura lusófona como Gonçalo M. Tavares, João Gilberto Noll, José Castello e Raphael Montes. Flávia se orgulha de ter conquistado a autossuficiência de seu negócio já no primeiro ano de vida, graças a um modelo de negócio que aposta na literatura de nicho, na publicação de baixas tiragens, em uma estrutura enxuta e uma política de consignação mínima, que privilegia a venda dos livros por meio de um forte e-commerce e em eventos especiais. “Dessa forma, a distribuição tradicional em livrarias funciona para a editora como um investimento na marca, sem que, no entanto, precise depender dela para ser rentável”, explicou a editora. Inquieta com o seu negócio, Flávia criou, em 2015, a Carreira Literária, uma comunidade online voltada para a profissionalização de jovens escritores, que conta com mais de 15 mil assinantes. Em julho deste ano, a comunidade lançou sua primeira Maratona Literária, recebendo aproximadamente 600 originais de escritores do Brasil inteiro.
Guilherme Filippone começou sua carreira no livro em 2006, na Record, quando assumiu o selo jovem do grupo, o Galera Record. Ficou no Grupo Editorial Record até 2011, quando foi trabalhar na Universal Music Brasil. De volta à Record em 2013, Filippone assume a gerência de Marketing e Eventos, posição que exerceu até março passado. Nessa segunda etapa na Record, Filippone foi um dos responsáveis pelo posicionamento de marketing dos jovens da casa: Galera, Verus, Bertrand Brasil e os livros com pegada mais comercial do selo Record. Desde março, Filippone está à frente do Marketing da Planeta.
Em sua candidatura ao Prêmio Jovens Talentos, Gustavo Faraon – publisher da Dublinense, Não Editora e Terceiro Selo -- declarou: "creio que a minha contribuição à indústria do livro foi no sentido de mostrar que uma editora criada fora do grande centro decisório, econômico e cultural, não precisa se contentar com a pecha de 'editora regional', e pode sim ter a pretensão de atuar globalmente". E Faron conseguiu. Logo depois de duas experiências internacionais (uma venda de direitos para Portugal e uma compra de um livro argentino), o publisher se candidatou ao Invitation Programme da Feira do Livro de Frankfurt. Desde então, a editora começou a conquistar novos territórios e trazer para o Brasil títulos publicados originalmente em outros países. Só em 2013, quando o Brasil foi o país homenageado em Frankfurt, conseguiu vender três títulos para a Alemanha. Mais recentemente, conquistou territórios como Croácia e Indonésia. Do outro lado da balança, Faraon trouxe para o Brasil autores premiados como o alemão Uwe Timm, que cumpriu uma agenda de compromissos no Brasil no ano passado, e a sul-africana Futhi Ntshingila, autora que Gustavo conheceu em Frankfurt e virá para o Brasil em novembro próximo para uma turnê.
Gabriel Moreira é a prova de que o Prêmio Jovens Talentos não é exclusivo para os profissionais dos grandes centros e nem só para profissionais que trabalham em editoras. Em 2007, aos 16 anos, ele começou sua carreira na Livraria Arco-Íris, na cidade mineira de Juiz de Fora, em um cargo temporário no estoque. Em poucos meses, entrou para a sociedade da livraria. Entre 2009 e 2010, assumiu o cargo de gerente, conquistando bons resultados nesse período. Em 2011, tornou-se gestor da livraria e, em 2013, criou a personagem Bruxa Cremilda (que aparece ao lado, na foto junto com o livreiro) e um programa de fidelidade que foi um marco na história da livraria. Por esse programa, em cada compra, as crianças ganham 5% do valor em Contos, uma moeda criada pela própria livraria. "Explicamos que esse dinheirinho tem valor real e aí vem o mais importante: o dinheirinho mágico só tem valor na mão de uma criança e, se esse dinheiro ficar em posse de algum adulto, ele desaparece", brinca o livreiro. A livraria distribui entre seus pequenos clientes uma carteira feita de origami e um cofrinho onde as crianças podem guardar seus Contos que podem ser usados nas próximas compras. Com a campanha, criada em 2013, Gabriel conseguiu aumentar o faturamento em 52,17% em relação ao ano anterior.
Autodidata e "apaixonada pelo Kindle desde o seu lançamento", a baiana Joana De Conti diz que aprendeu a fazer e-books sozinha. E foi em 2013, depois de aprender a fazer, que foi contratada pela Rocco onde atuava nas conversões de livros físicos em livros digitais. Sua primeira meta foi a de conseguir fazer que os livros digitais saíssem simultaneamente com o lançamento das versões impressas. Depois de alcançada essa meta, estabeleceu um novo objetivo: o de rever o backlist da editora, indo atrás de contratos com potencial de vendas como os de Clarice Lispector, Noah Gordon e os boxes de séries como Jogos vorazes. Como efeito do seu trabalho, em 2014, os livros digitais passaram a representar 4% dos lucros da Rocco. No ano anterior, o departamento digital da empresa não alcançava 1%. Ainda em 2014, Joana criou o Colofão, um site referência cujo objetivo é explicar os meandros do livro digital aos seus colegas da indústria do livro. Em 2015, o livro Flávia e o bolo de chocolate, de Miriam Leitão e produzido por Joana, foi escolhido para a seleção Melhor de 2015 pela iBooks, a loja de e-books da Apple. Nesse ano, Joana entrou para o time da agregadora digital Bookwire Brasil.

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