O mundo lê mais por causa dos celulares, diz estudo da Unesco
Universia - 23/04/14O estudo Reading in the Mobile Era, divulgado pela UNESCO, aponta que pessoas que não têm acesso fácil a livros estão lendo mais utilizando seus celulares. Foram 5.000 pessoas entrevistadas na Etiópia, Gana, Quênia, Nigéria, Paquistão e Índia. Segundo a pesquisa, 62% dos participantes leram mais com os celulares do que por meio de livros físicos.
O estudo foi feito por meio de uma parceria da UNESCO com a Worldreader, uma organização global sem fins lucrativos que investe no alcance de livros digitais para países em que a população não possui o hábito de leitura, e a Nokia, empresa de telefonia celular.
Além do aumento considerável de pessoas que adquiriram o hábito de ler, o estudo também mostra que a leitura por meio de celulares é mais agradável e fácil. Alem disso, foi comprovado que os pais possuem o costume de ler livros para os seus filhos utilizando o celular.
Um dos motivos para o aumento do nível de leitura é que as pessoas perceberam a quantidade de possibilidades que o seu telefone oferece. Ao invés de utilizar o aparelho somente para falar com outras pessoas e mandar mensagens, elas podem transformá-lo em uma biblioteca móvel e compacta.
A outra razão para este fenômeno é o preço dos livros físicos em comparação aos digitais. No Zimbábue, por exemplo, o custo de um livro digital é de 5 a 6 centavos, enquanto o de um livro físico é de 13 dólares. Os valores altos dos livros, que antigamente era um impedimento para cultivar o hábito de leitura, atualmente são facilmente contornados pelos baixos preços dos livros digitais.
Um professor em Zimbábue, Charles, disse que ele passou a utilizar o seu celular como fonte primária de leitura por conta da falta de papel no país, que encarece a produção de livros. Ele tem passado essa ideia para os seus alunos que, agora, podem ler facilmente as obras indicadas por ele.
O estudo também mostra que das 7 bilhões de pessoas no mundo, 6 bilhões já têm acesso fácil a um celular. Ou seja: a tendência é que a porcentagem de pessoas que utilizam o aparelho para a realizarem suas leituras só aumente, em todos os continentes do mundo.
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