EDUARDO CARLOS
PEREIRA DE MAGALHÃES
Leonardo G. Lima
Pastor protestante, gramático, jornalista e abolicionista – Natural de Caldas,
MG, nascido a 8/11/1855. Seu pai era farmacêutico e sua mãe professora. Aqui
esteve residindo, vindo do interior de São Paulo, no final do século XIX (1886
– 1888). Pessoa de vastos conhecimentos, professor de português e latim (1886).
Foi bastante hostilizado em razão de seu credo religioso. Mesmo assim procurou
fundar um núcleo da igreja presbiteriana. Manteve em Campanha, com a ajuda de
seu amigo e também pastor Joaquim Camargo, um afamado curso de Português e
Latim. É autor de uma “Gramática Expositiva da Língua Portuguesa”, cuja
primeira edição data de 1907 e que por mais de quatro décadas foi adotada nos
principais colégios do Brasil (e Portugal), inclusive no Ginásio Diocesano São
João da Campanha. Era casado, quando já possuía a licenciatura para o Ministério
da Palavra da sua igreja, com Louise D’Alliges Lauper que após o casamento
passou a se chamar Luíza Pereira de Magalhães.Em Campanha criou a “Sociedade
Brasileira de Tratados Evangélicos”. Também aqui fundou o jornal “Revistas das
Missões Nacionais”. A 20/08/1886 requereu à Câmara Municipal concessão de uma
área dentro do Cemitério da Cidade para enterramento dos seguidores de sua
religião (Igreja Presbiteriana). Essa reivindicação teve formidável repercussão
em razão do cemitério ser católico. O requerimento esteve no gabinete do
Presidente da Província de Minas Gerais que o encaminhou ao Bispado de Mariana
que acabou negando autorização. Com o advento da república em 1899 a situação
se regularizou, ficando uma área do cemitério destinada aos protestantes. De
volta a São Paulo assumiu a ideia de que a igreja deveria viver com os próprios
recursos, sem depender, portanto, da ajuda estrangeira. Por essa razão foi o
maior articulador da criação da Igreja Presbiteriana Independente”, alcançando
assim a autonomia eclesiástica desejada. Faleceu a 02/03/1923. PSM,C: “Notícias
Históricas da Cidade da Campanha”, de Antônio Casadei, 1987.
Também o jornal “Folha
Campanhense” publicou um artigo a seu respeito de autoria de Leonardo Lima.
Para pesquisadores interessados neste assunto, em Lavras há fartas informações e ampla documentação que permitem o aprofundamento devido. Carlos Torres
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