quarta-feira, 27 de novembro de 2013

BIBLIOTECA EM QUALQUER CANTO.

Projeto monta biblioteca em posto de saúde e casa de artistas no RS

G1 - 05/11/13

Centenas de livros que estavam esquecidos em prateleiras agora estão ao alcance de moradores e frequentadores de dois novos locais de Porto Alegre. Através do projeto Banco de Livros, bibliotecas foram montadas na Casa do Artista Riograndense e em um posto de saúde da capital gaúcha. O objetivo é incentivar a leitura e libertar autores que há muito estavam parados em estantes, como mostra a reportagem do Jornal do Almoço.

Desde que ganharam bibliotecas, a literatura passou a ser mais um item em comum entre a Casa do Artista, entidade fundada em 1949 para abrigar artistas com mais de 60 anos ou que tiveram dificuldades financeiras, e um posto de saúde da prefeitura no bairro Navegantes, na Zona Norte da capital.

“A biblioteca surgiu em um carrinho. Sempre gostei de livros, vivia no meio deles, e comecei a notar que as colegas liam muitas revistas. Então, comecei a trazer braçadas de livros, trazer no carrinho e sair pelos corredores, a princípio, para as colegas lerem”, conta Luci Maria Neves, auxiliar de enfermagem e uma das pioneiras da biblioteca.

A ideia cresceu, e o local passou a receber apoio do Banco de Livros, um projeto que já arrecadou em cinco anos mais de 450 mil exemplares e formou diversas bibliotecas em comunidades carentes, creches, abrigos, clubes de mães, fundações, escolas, associações easilos, entre outras instituições.

O mesmo ocorreu na Casa do Artista há dois anos. Além dos livros, foram doados materiais, cadeiras, prateleiras: tudo novo para abrigar os mais novos moradores do lar, as obras. “Temos muitos livros de arte, livros bons”, garante Luciano Fernandes, presidente da instituição.

Cada morador tem uma preferência e não faltam exemplares para suprir a demanda. “Gosto mais de espiritismo, apesar de não ser espírita. As mensagens mostram o lado bom da pessoa”, conta Wilson Roberto Gomes, radialista aposentado.

Assim como na Casa, no posto de saúde todo o mobiliário foi doado para o templo literário. Ali, o leitor entra, escolhe a obra e, se não encontrar, pode pesquisa em uma relação feita à mão. Depois, preenche uma ficha, coloca no arquivo e fica o tempo que quiser com os livros. Não há prazo para devolução.

Os gêneros são os mais variados, fato que alegra a assistente administrativa Jeciara Rangel. “Gosto da leitura espírita, mas agora peguei Machado de Assis. Ele nunca vai envelhecer. Eu acho que toda pessoa deveria ler ao menos uma vez na vida um livro dele”, recomenda a mulher.

Com a iniciativa, outros frequentadores do posto passaram também a doar exemplares, estendendo o serviço não apenas aos funcionários, mas também aos usuários e pacientes. “Achei maravilhoso, porque a gente tem um tempo de espera e esse tempo você pode aproveitar muito bem com uma boa leitura”, comemora a secretária Beatriz Wolff.

A vitória de construir uma biblioteca em um posto de saúde deu um novo rumo também para a vida de Luci. Depois de pronto o projeto, ela se arriscou com 65 anos a prestar o vestibular mais uma vez. “Trouxe uma mudança e tanto. Estou cursando o primeiro semestre de biblioteconomia”, diz, orgulhosa.

Para receber as doações, instituições de Porto Alegre devem encaminhar os projetos ao Balcão de Projetos Sociais do Conselho de Cidadania da Fiergs, na Avenida Assis Brasil, 8787, bloco 10, 3º andar. Lá, a solicitação é protocolada e encaminhada ao Comitê de Avaliação e Análise, que tomará as providências sobre o atendimento.

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