Faltam dias para a entrega do III MANIFESTO PELA EDUCAÇÃO ao Ministro da Educação e nas cidades interessadas numa Educação diferenciada.
MANIFESTO PELA EDUCAÇÃO -
Na Câmara Municipal de sua cidade dia 19/11/2013 às 14 horas.
Mobilização pela Educação: IV -Entrevista do prof josé pacheco
IV - A EDUCAÇÃO QUE
SONHAMOS É POSSÍVEL
( Entrevista do Professor José Pacheco à Revista Fórun)
( Entrevista do Professor José Pacheco à Revista Fórun)
O
professor Pacheco esteve em São Thomé das Letras, onde foi oferecer sua ajuda
para a implantação de uma escola.
Revista Fórum – O senhor é crítico em relação à
forma como o Brasil tem desenvolvido seu projeto educacional e costuma dizer que
não estudamos nem aplicamos os ensinamentos de grandes educadores como Paulo
Freire, Darcy Ribeiro e Anísio Teixeira. O que está errado no projeto de
educação no Brasil?
José Pacheco – Não é justo que se faça isso e que se continue a promover um modelo de escola do século XIX, com o professor sozinho na sala de aula. Não encontro explicação para os 30 milhões de analfabetos que o Brasil tem, por isso é preciso ousar. Mas com responsabilidade, não estou falando de oba-oba. No Brasil, como em Portugal e em outros países, continuamos a ensinar jovens do século XXI com professores do século XX e um paradigma do século XIX. Esse é o principal problema.
Com ou sem novas
tecnologias, aliás as novas tecnologias até podem contribuir para aprofundar a
crise se forem usadas em função do paradigma velho. E quando falo isso é porque
sei que há alternativas. O que acontece no Brasil é que, para além de se
desperdiçar recursos, basta dizer que o último relatório da Fiesp [Relatório
Educação: gastos públicos e propostas de melhorias,da Federação das Indústrias
do Estado de São Paulo, de outubro de 2010], sobre dez anos de desempenho do
Ministério da Educação, mostra que o sistema educativo brasileiro desperdiça por
ano 56 bilhões de reais, isso é inconcebível.
Hoje, o custo aluno/ano do Brasil é um dos maiores do mundo.
Hoje, o custo aluno/ano do Brasil é um dos maiores do mundo.
Estamos
em um momento em que é preciso dizer: Essa escola com origem na França, na
Prússia, na Inglaterra da Revolução Industrial, acabou há mais de cem anos. O
Caetano de Campos já falava isso no Império. A questão é por que o poder público
mantém esse monstro. Será que é porque convém a alguém? Por que convém a
indústria do cursinho? Será que é porque convém que haja desigualdade, que haja
marginalidade, porque convém que haja tráfico? A questão é mesmo essa. Pergunto
muitas vezes a mim mesmo como, perante as evidências dos rankings e das
violências múltiplas que vivemos, dentro e fora do ambiente escolar, como se
consegue manter uma coisa dessas. Como diria João Cabral de Melo Neto, as
escolas brasileiras são como usinas que engolem gente e vomitam bagaço. Ele
escreveu isso há 50 anos, e continua assim.
Fonte e leia
mais: http://vivacriancastl.blogspot.com.br/2013/09/a-educacao-que-sonhamos-e-possivel.htmlColaboração da educadora Silvia Costa do Boletim eletrônico GUAXUPAZ.
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